Petrópolis / RJ - quinta-feira, 25 de abril de 2024

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Alergia e Imunologia

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 Inicialmente gostaria de me apresentar: sou especialista em alergia e imunologia pela Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia e Associação Médica Brasileira.  com residência médica em clínica médica na rede municipal do Rio de Janeiro e residência em alergia e imunologia no Hospital Universitário Gaffrée e Guinle (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - Unirio).

 Este site foi criado para todas as pessoas que queiram obter informações seguras sobre alergias, doenças imunológicas e saúde em geral.

 

Como utilizar as informações médicas

As informações que você irá encontrar visam complementar, mas nunca substituir o relacionamento entre médico e pacientes. Conheça nossa Área do Paciente. Nela você poderá visualizar com total segurança e privacidade os documentos médicos do seu prontuário.

 

  Em destaque:

      Roséola ou exantema súbito: seu filho já teve?

 

   O que é roséola?

     A roséola, também conhecida por exantema súbito ou sexta doença, é uma doença exantemática epidêmica da infância, geralmente benigna e autorresolutiva. Isto é, “assim como ela vem, ela vai”. A doença atinge principalmente crianças pequenas, de três meses a três anos, mas às vezes passa despercebida ou os seus sintomas são atribuídos a outras razões. Ela aparece mais comumente no outono e na primavera.

     Um sinal de que a doença é muito comum, discreta e que foi atribuída a outra condição ou ignorada é que praticamente 100% dos adultos possuem anticorpos contra os vírus causadores dessa patologia.

   Quais são as causas da roséola?

     A roséola é causada por um vírus da mesma família do vírus do herpes, mas que produz uma doença diferente. Os herpes vírus humano tipo 6 (HHV6) e o herpes vírus humano tipo 7 (HHV7), que causam a roséola, se multiplicam no núcleo da célula hospedeira e têm preferência por parasitar os linfócitos. A transmissão da doença se dá por contato direto ou por meio da secreção proveniente do espirro e da tosse, durante o período febril.

  

   Quais são os principais sinais e sintomas da roséola?

     Nos indivíduos adultos o quadro clínico da roséola é muito semelhante à mononucleose infecciosa; contudo, nas crianças, que infecta mais frequentemente, o quadro clínico da roséola é típico, mais parecido com a rubéola.

     Caracteriza-se por febre súbita e elevada (39-40°C), que dura três ou quatro dias. Quando a febre vai cedendo surge o exantema (manchas vermelhas) na pele, que se concentra principalmente no tronco (peito e costas) e desaparece em dois ou três dias. Embora com febre alta, a criança normalmente está ativa e não exibe os sinais de toxemia próprios de outras infecções. Os gânglios localizados na parte de trás da cabeça e no pescoço podem estar aumentados de tamanho. Excepcionalmente, podem ocorrer convulsões e tremores violentos, na vigência da febre elevada.

     O período de incubação do vírus da roséola varia entre cinco e quinze dias. Nessa fase, a criança pode ficar irritada, um pouco abatida e sem apetite.

   Como o médico diagnostica a roséola?

     O diagnóstico da roséola é eminentemente clínico, feito a partir da captação de sinais e sintomas da doença. Os exames laboratoriais, desnecessários na maioria dos casos, só são pedidos se for preciso confirmar a patologia ou estabelecer um diagnóstico diferencial.

   Como o médico trata a roséola?

     O tratamento da roséola é inespecífico. É importante hidratar bem a criança, administrar medicamentos antitérmicos se a temperatura estiver elevada, evitando-se a aspirina. Banhos mornos podem ajudar a baixar a febre.

   Como evolui a roséola?

     Normalmente a roséola cura-se por si mesma em poucos dias, sem deixar sequelas. A doença normalmente deixa imunidade, mas adultos imunodeprimidos são vulneráveis à reinfecção pelo vírus.

     Podem ocorrer complicações como meningite asséptica e encefalite, que felizmente são muito raras, e também convulsões febris, estas são um pouco mais frequentes pois a temperatura da criança costuma ficar bem alta durante o período febril da doença.

   Como prevenir a roséola?

     Durante a vigência da doença a criança infectada não deve frequentar creches, festas ou outros ambientes que a ponham em contato com outras crianças.

     A única maneira de prevenir a roséola é evitar o contato com pessoas infectadas. Não há vacina contra esta doença exantemática.

ABC.MED.BR, 2014. Roséola ou exantema súbito: seu filho já teve?. Disponível em: <http://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/522229/roseola-ou-exantema-subito-seu-filho-ja-teve.htm>. Acesso em: 17 fev. 2014.

Artigos anteriores:


Asma - Prevenção e Tratamento

Asma - Prevenção e Tratamento

     Nomes populares:

   Bronquite asmática, bronquite alérgica e bronquite.

 

     O que é asma?

  A asma é uma doença respiratória crônica que afeta 10% da população brasileira, sendo responsável por cerca de 400.000 internações hospitalares por ano e incontáveis atendimentos ambulatoriais principalmente nas emergências. Tem levado a um grande absenteísmo no trabalho e na escola. A asma leva à constrição e inflamação das vias aéreas por hiper-responsividade a uma variedade de estímulos e liberação de mediadores inflamatórios. Ocorre por uma interação de fatores ambientais e hereditários.

  Uma grande causa da alta morbidade e mortalidade da asma é a falta de informações sobre a doença e um grande índice de rejeição à medicação inalada, chamada pejorativamente de "bombinha".


     O que sente uma pessoa com crise de asma?

  As crises de asma são geralmente recorrentes e caracterizadas por chieira, falta de ar, tosse seca e desconforto torácico ("aperto no peito"), podendo causar grande sofrimento. Elas predominam à noite e no início da manhã.

Considera-se que 80% dos asmáticos tenham rinite e 50% dos pacientes com rinite tenham asma. Uma associação da asma com eczema (doença alérgica da pele) confere maior gravidade à asma.


     Quais os agentes ambientais intradomiciliares relacionados ao desenvolvimento da asma?

  • Ácaros, pêlos de cães e gatos, alérgenos de baratas e os fungos (mofo). Estes alérgenos se acumulam no travesseiro, na cama (uma cama pode conter cerca de dois milhões de ácaros), no cobertor, na cortina, no carpete, em bichinhos de pelúcia e em qualquer lugar que acumule poeira.
  • Aquecedores e fogões a gás.
  • Fumaça de cigarro.
  • Queima de madeira para aquecimento de lareiras.
  • Odores fortes (perfumes, produtos de limpeza, frituras, tinturas).

     Quais os fatores que desencadeiam uma crise de asma?

  • Alérgenos e irritantes.
  • Infecções de vias aéreas.
  • Exercício físico (asma desencadeada por exercício).
  • Refluxo gastro-esofágico.
  • Certas medicações e alimentos.
  • Causas emocionais: os fatores emocionais isolados não provocam a asma, entretanto, a ansiedade e o estresse podem causar a fadiga, que pode também aumentar os sintomas da asma e agravar uma crise.

     Quais os cuidados a serem tomados para prevenção?

  • Encapar colchões e travesseiros.
  • Lavar semanalmente as roupas de cama.
  • Retirar cortinas, tapetes, carpetes.
  • Evitar animais domésticos.
  • Promover a ventilação do ambiente.


     Quais os medicamentos usados no tratamento da asma?

   O tratamento da asma é feito basicamente por medicamentos antiinflamatórios (geralmente, esteróides inalatórios) para manutenção e por broncodilatadores (geralmente, beta-2-adrenérgicos inalatórios de efeito rápido) para as crises. Outros medicamentos como os antileucotrienos são usados para o tratamento da asma crônica.

   A maior vantagem da utilização de medicamentos por via inalatória (nebulizadores, aerossóis dosimetrados ou sprays - popularmente conhecido como "bombinhas" e inaladores em pó) no tratamento de asma é a possibilidade de se obter maior efeito terapêutico associado a menores repercussões sistêmicas. Pois o medicamento atua diretamente sobre a mucosa respiratória, permitindo o uso de doses relativamente pequenas. Outra vantagem é o início de ação mais rápido.

   Além dos medicamentos, os pacientes devem procurar descansar, manter-se bem nutridos e participar de atividades físicas regulares e apropriadas para o seu bem-estar. Todos estes fatores colaboram para o controle desta doença.


     Qual o papel da imunoterapia no tratamento de manutenção da asma?

   A imunoterapia, popularmente conhecida como "vacina antialérgica", consiste em administrar repetidamente (geralmente por via subcutânea) extratos de alérgenos específicos com o objetivo de induzir proteção no paciente contra os sintomas alérgicos desencadeados por tais alérgenos. O seu maior benefício tem sido demonstrado no tratamento da rinite alérgica.

   Em relação à asma, revisão recente da literatura realizada pelo grupo Cochrane demonstrou benefício da imunoterapia no seu tratamento. No entanto, importantes questionamentos ainda permanecem, principalmente a respeito de qual paciente se beneficiaria de tal estratégia e qual seria a sua eficácia a longo prazo. Além disso, os seus benefícios são modestos quando comparados com o corticóide inalatório. Assim, a postura mais aceita atualmente é de considerar a imunoterapia para aqueles pacientes em que o controle ambiental e o uso de medicamentos (incluído o corticóide inalatório) falharam em controlar a doença.

 

Fonte: IV Consenso Brasileiro para o Manejo da Asma

ABC.MED.BR, 2009. Asma - Prevenção e Tratamento. Disponível em: <http://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/30763/asma+prevencao+e+tratamento.htm>. Acesso em: 11 out. 2013.